No início da semana quando a rede social do Mark perguntou se eu estava animada com os jogos olímpicos, eu respondi no Twitter fazendo aquela zoeira de que não sabia nem quando seria abertura. Por aí já concluímos minha empolgação. E na real fiquei chateada comigo por não me empolgar com as olimpíadas porque esporte é algo que eu gosto e já sonhei pra minha vida na época de adolescente.
O colégio que estudei até me formar faz todo ano os Jogos da Primavera, com direito a tocha e tudo mais. Era um dos meus momentos mais preferidos e eu jogava vôlei. Naquele tempo eu era super ligada nas Ligas de Vôlei e, claro, nas Olimpíadas. Após finalizar o colégio, não segui com o vôlei e toda vez que acompanhava alguma abertura dos jogos olímpicos batia uma saudade/arrependimento. Sei lá. Talvez quem sabe… Eu chegaria ali também.
Quando soubemos que o Brasil também sediaria a Olimpíada 2016, rolou aquelas caras tortas e aquele pensamento de “vai dar merda”. E com a onda devastadora política que passa no país a merda parecia que ia ser maior ainda. É tanto problema, tanta confusão, que a Olimpíada ficou bastante ofuscada para aqueles que não estavam envolvidos de alguma forma com a festa esportiva.
Meus amigos não comentavam. Eu estava perdida. Não sabia de nada. Até que chegou às 20h, do dia 05 de agosto de 2016, e o Brasil sambou na cara do mundo e dos brasileiros céticos. Povo, o que foi essa abertura? Beleza, representatividade, alegria, Brasil! Do início ao fim, um espetáculo pra ninguém botar defeito idealizado por Abel Gomes, Andrucha Waddinton, Daniela Thomas e Fernando Meirelles.
A história do Brasil foi contada ali, naqueles poucos minutos, e mostrou para o mundo e pro próprio brasileiro, que somos feitos de uma mistura, que aqui tem de tudo um pouco e é isso que nos enriquece e deveria nos tornar mais orgulhosos e, principalmente, tolerantes.
A escolha dos artistas para a cerimônia não poderia ter sido melhor. Foi muito bom ter deixado de lado as figurinhas repetidas da cena artística brasileira e levar para o palco nomes que representam sim e MUITO a música brasileira: Paulinho da Viola cantando o hino nacional; Gisele desfilando pela maior passarela da sua vida ao som de Garota de Ipanema, na voz de Daniel Jobim; Jorge Ben Jor e Regina Casé; Zeca Pagodinho e D2; Karol Conka, Mc Soffia, Ludmilla, Elza Soares, Anitta, Caetano e Gil.
O que estragou as imagens exibidas e narradas (cala boca Galvão e deixa a Glória falar!) pela Rede Globo (por onde eu acompanhei a festa) foi a cara de Temer, mais feio que o Demogorgon. Mas graças a Deus, a cada delegação que passava tinha um crush pra gente se apaixonar. Inclusive que entrada triunfal foi aquela de Tonga? Vou deixar aqui a imagem, caso você tenha perdido:
Perdi o raciocínio do texto.
E o Brasil veio com Lea T (impossível ser mais linda) na frente. A Globo não mostrou e nem citou mas nós vimos e está tudo registrado no Twitter (melhor rede social pra acompanhar qualquer evento). Vibrei muito ao ver Guga, Hortência (eu já quis ser essa mulher) e o Vanderlei com a tocha. E a nossa pira, o nosso sol, certeza de que deu inveja no mundo inteiro.
Para mim esporte é sinônimo de superação. A pessoa que decidi viver uma vida de atleta supera todos os dias as dores físicas, a auto cobrança e o peso de ter estampado em um uniforme as cores de uma nação. Admiro muito quem faz isso e com verdade, sem uso de drogas, sem focar apenas no patrocínio e na possível fama.
O Brasil é conhecido como o país do futebol. Mas como somos um país machista, lembramos sempre da seleção masculina. Só que temos A melhor jogadorA de futebol do mundo, Marta. E várias modalidades esportivas com muitas pessoas que dedicam sua vida ao esporte. Depois de ter sambado literalmente na cara do mundo, vamos continuar passando energias positivas para nossos atletas e torcer muito!
E essa abertura mostrou que o lance da vida é mesmo não criar expectativas. Ninguém ligava mas foi a coisa mais linda e, sem dúvidas, marcou. Foi passada uma mensagem de tolerância, respeito e preservação ambiental. E aquele sentimento de vira-lata (não gosto muito de usar esse termo pra isso)? De que somos os piores? Precisamos acabar com isso. O brasileiro faz questão de dizer que o país não presta, que só temos problemas. Não somos o modelo de nada, mas quem é mesmo? Precisamos parar de consumir e valorizar apenas o que vem de fora.
Fizemos história com a criatividade e o poder que o brasileiro tem de se reinventar. E eu fiquei feliz de fazer parte desse momento mesmo que sentada no sofá da sala.
- Teve muita coisa mais: como os Refugiados; o menino Thawan Lucas da Trindade lindo sambando ao lado de Wilson das Neves. TANTOS MOMENTOS! <3
- Veja também: 10 motivos para nunca esquecer a abertura do Rio 2016 l Globo Play com vários vídeos da abertura
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Você descreveu com muita propriedade o sentimento de todos nós brasileiros. Obrigada por nos presentear com excelente texto, e nos lembrar que devemos nos orgulhar sempre de sermos brasileiros e brasileiras que não foge da luta .
Obrigada, mãe! <3
Bjos
Bela crônica.
Obrigada pela visita. Volte sempre, Adriana!
Bjos
Adorei Parabéns
Obrigada!
Bjs e volte sempre!
Que linda mensagem
Obrigada!!!
Bjoo
Amei. #sambamoooos
Sambamos bonito!
Bjs e volte sempre 😉
Não tava botando muita fé na abertura porque a da copa foi um fiasco e eu nunca ligo pra olimpíadas mesmo, mas acabei assistindo e foi TÃO SENSACIONAL! Mas não foi o suficiente pra me fazer querer ver os jogos.
Gosto de acompanhar esporte, principalmente vôlei. Estou aqui alok aproveitando o fds pra acompanhar algumas partidas hehehe
Bj
Pingback: Coisas boas da semana #1
Eu não queria ver a abertura devido ao trauma da Copa hahahah
Mas, ainda bem que assisti <3
Eu amei tudo, me emocionei e nem senti o tempo passar
Foi lindo d+! Uma surpresa mesmo. Ninguém esperava rs
beijos
Ah, foi emocionante! Muito melhor do que aquela coisa sem gracinha da Copa! E gostei muito mais do desfile das nações da forma como foi do que com a volta olimpíca. Até descobrimos países que nem sabíamos que existia, haha! Sobre o playback: todo grande evento conta com playback. No mundo todo. Exceto talvez pelo carnaval na Bahia.
Foi lindo!
Menina, o povo nem sabe disso e mas mete o pau. Um saco, né?