todo dia aqui neste local. com o look quase sempre igual. shortinho e camisete prezando o conforto e espantando o calor. com o word ou google docs aberto. um pouco de dissertação. um pouco de criação de conteúdo. a rotina reinventada várias vezes. já me apeguei demais a lista de tarefas. recriei a Dashboard do Notion. testei aplicativos. mudei a bio do Instagram. amando a dissertação num dia, enjoada dela no outro. como disseram nos últimos dias, “cansada de estar cansada”. mas ainda estou aqui. reinventando os dias reinventados.
[e lendo Manoel de Barros:
Retrato do artista quando coisa
A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.]