Outubro foi um mês em que algumas fichas caíram para mim. Precisei me afastar de alguns projetos e cursos para finalizar o meu texto da qualificação do mestrado. Passei um período respirando a dissertação. Eu realmente senti um cansaço mental e tive momentos de bloqueio de escrita, de não saber mais para onde ir, de olhar para o papel e achar que não sabia o que estava fazendo. Curiosamente não me desesperei muito. Sabia que era só o cansaço falando e o alerta de prazo piscando. Desesperar não ia adiantar nada.
Optei por não dar atenção ao desespero e busquei estratégias para mandá-lo embora. Dessa maneira, eu reli tudo o que já havia produzido. Não só o texto da qualificação, mas também artigos e pré-projeto. A pergunta da minha pesquisa e os objetivos estão colados no mural que fica em frente da minha mesa de trabalho. Nem sei dizer quantas vezes olhei para esses post-it no último mês. Mas já fica a dica para você, cole post-it com sua pergunta e objetivos de pesquisa próximo ao computador. Vai ajudar e muito na hora que você se sentir perdida.
Outra coisa que me ajudou muito foi meu super fichário de fichamentos que tenho desde a seleção do mestrado. Eu fiz muitos fichamentos à mão para a prova escrita da seleção. Principalmente para voltar a escrever com a mão, já que a prova é feita dessa maneira e eu estava sem prática há bastante tempo. E ao reler esses fichamentos, me lembrei de todo o cuidado que tive na época para prepará-los e o quanto o estudo foi bem mais aprofundado do que na época das disciplinas do mestrado – sendo bem sincera.
Rever meus fichamentos e ter a certeza do quanto eles me foram útil num momento de bloqueio de escrita, me fez querer retomar ao fichamento raiz. E é isso que farei de hoje em diante. Sempre que tiver um artigo ou livro que eu acredite que será muito útil farei um fichamento raiz e deixarei arquivado no meu super fichário. Sem falar que para mim a melhor sensação é trazer tudo para perto – livros, fichário, fichamentos, apostilas -, espalhar na mesa, na cama, e fazer uma bagunça produtiva.
Outro super companheiro na saga destrava escrita foi o Evernote. Definitivamente, a ferramenta se tornou a minha biblioteca digital. Passei os últimos anos usando o Web Clipper para salvar pdfs, matérias, artigos e depois foi só usar a busca do Evernote que, sem pressão nenhuma, é poderosa mesmo! E por incrível que pareça também gosto de fazer fichamento no Elefante. Gosto do bloco de escrita livre e as poucas opções de customização me ajudam a manter o foco no que importa – o fichamento do texto.
Tudo isso também me mostrou mais duas coisas: eu preciso ler mais artigos científicos e escrever mais artigos. A leitura de artigos científicos porque ajuda a compreender a estrutura e a se familiarizar com as normas que devemos seguir. E a escrita porque escrever é prática. E mesmo que a gente escreva em outras áreas da vida, a escrita acadêmica ainda tem as suas particularidades. Podemos até começar de forma livre, mas uma hora vamos precisar enquadrar conforme ABNT ou normas de submissão de revista ou evento.
E assim as notas de outubro se tornaram as notas da saga de uma mestranda.
Outras notas:
- Se você me acompanha no YouTube, percebeu que no mês só rolou o JG na resenha. E por enquanto é isso mesmo que vai rolar. Gravar e editar vídeos demandam tempo que no momento, infelizmente, eu não tenho disponível. Vou voltar a gravar vídeo para o YouTube se algum dia tiver uma pauta que funcione muito melhor no formato de vídeo (tipo tutorial ou vlog de rotina de estudos). Mas o JG na resenha continua. Tem muita gente legal para conversar ainda!
- A news está de volta! Se inscreva e compartilhe com os amigos.
- Estou no Instagram compartilhando minha rotina e também com a série Dicas para ler e ver no fim de semana.
- Eu estou retomando o blog aos poucos. Quero produzir muito mais para o espaço que sempre foi o lugar que mais me senti à vontade.
Bom novembro para você! 🌻