Lembro de sentar na varanda e olhar a imensidão de natureza em volta.
Esperava feliz e empolgada pela água de coco que vinha do coqueiro dali mesmo.
Tinha também os cachorros. Um medo danado. E as vacas? E os bois? O bolo. A goiabada. Os chocolates.
Lembro da tranquilidade de quem vivia no alto, rodeado de verde e bicho. Eles sempre estavam confortavelmente arrumados. Seu Raimundo e Dona Teresinha.
Anos depois, volto à Fazenda. Olho a casa e acho tão pequena. Não reconheci. Pensei, meu Deus era tão grande!
Hoje sentei do lado. Observei o sol que iluminava a frente da casa. Fui mais de perto. Fiquei de frente. E ainda é grande. A gente é que cresce e esquece de como se deixar fascinar.
[Foto: Casarão da Fazenda – Alagoinhas (BA), março de 2021]
Espalhe por aí:
Que texto lindo, ameiiiii
beijos
Carol Justo | Justo Eu?!
Obrigada, Carol <3
Que texto lindo. Eu tava pensando nisso esses dias sabe? Como a gente se deixa levar pela correria da vida e esquece das coisas que fascinavam a gente. É tão fácil perder o brilho nos olhos né? Aquela sensação de descobrir o mundo. A gente precisa voltar a olhar o mundo nos pequenos detalhes.
É muito fácil perder mesmo. Temos que exercitar esse olhar mais demorado para as coisas e o mundo.
Obrigada pela visita! <3