Escrevo esse texto um dia após a tragédia da Chapecoense. Um dia triste que marcou a história do futebol brasileiro e também de todo mundo que não é insensível à vida. Houve de tudo nesse dia 29/11, lágrimas, piadas, oportunismo, mas na minha timeline ganhou disparado a mensagem de que “a vida é um sopro”.

Tudo é breve. Tudo passa. A impermanência é que faz a vida girar para o bem ou para o mal. Quando uma tragédia como essa acontece, é inevitável não questionar a brevidade da vida. Aqui estamos agora. E logo mais, onde estaremos? E se não estivermos aqui, que marca deixaremos? Vivemos tudo aquilo gostaríamos?

Estou aprendendo a não pensar que é necessário ter urgência em tudo. Que tem que ser agora, pra já. Se não for, deixa pra lá. Serenidade é o segredo. Mas acredito que precisamos ser urgentes em valorizar quem somos, o que fazemos e quem resolveu nos acompanhar nesse sopro de vida.

Já estamos no último mês do ano. É aquele momento de repensar e planejar o ano novo. É tradição. Faz parte da nossa cultura essa ideia de ter datas para fechar e iniciar ciclos. Ter data para comemorar o amor, a amizade, o nascimento, e outras tantas coisas. Tudo é datado. Mas nem tudo precisa ser.

Sei que já tem gente com a lista de desejos e planos pra 2017 prontinha. Eu comecei a fazer a minha. Coloquei os projetos pessoais e profissionais que não consegui realizar em 2016 e que ainda julgo importante. Mas por que esperar mais 30 dias para realizar alguma coisa? Se for algo a longo prazo, será que não tem um etapa que eu possa fazer ainda hoje? Vamos parar de adiar o viver.

Seja o máximo que deseja ser agora.

Aconteça hoje.

Agradeça o agora.

Um dezembro de coisas boas pra você!

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