Quando selecionei os lançamentos da Netflix para o mês de outubro, me deparei com a série Mindhunter. Ao ler a sinopse (sempre fraca que a plataforma faz) associei ao grande sucesso Criminal Minds e pensei: mas já temos uma série que estuda a mente dos criminosos.
Porém sou fã da temática e fui conferir o possível diferencial de Mindhunter. Devo dizer logo: maratonei e já quero a segunda temporada!
Mindhunter é produzida por David Fincher (Garota Exemplar, Seven – Os Sete Crimes Capitais, House of cards) e tem como inspiração o livro MINDHUNTER – O primeiro caçador de serial killers americano, de John Douglas e Mark Olshaker. É importante falar de John Douglas para entender o diferencial que a série da Netflix tem. Douglas foi o fundador e chefe da Unidade de Apoio Investigativo do FBI, criada em 1980. Ele foi o agente responsável por criar a prática de análise de perfis. E é o homem que vem há anos estudando a mente dos criminosos.
Então ao contrário de Criminal Minds, onde temos nos dias atuais uma equipe que faz uso da técnica de análise de perfis, Mindhunter nos mostra o início da utilização da psicologia criminal dentro do FBI e a criação do termo serial killer.
Na década de 1970, Holden Ford (Jonathan Groff) é o agente do FBI negociador de reféns, que logo no início da série passa por uma situação drástica. Apesar de seguir o protocolo e ser um excelente negociador, Holden perde um caso e se assusta com o que um ser humano é capaz de fazer. Esse foi o gatilho para que ele buscasse outros métodos de trabalho e começasse a se perguntar o que levava um ser humano a cometer crimes tão hediondos. Logo em seguida, Holden é transferido para Quântico, onde fica localizada a academia de formação do FBI, e conhece o agente Bill Tench (Holt McCallany), da Unidade Clássica de Ciência Comportamental.
Holden e Bill formam uma dupla que começa a viajar por várias cidades dos Estados Unidos passando por delegacias para ensinar os policiais locais algumas técnicas utilizadas pelo FBI. Ao mesmo tempo que realizam esse trabalho de formação, eles começam uma pesquisa investigativa sobre o grandes criminosos dos EUA. É uma investigação minuciosa, que passa de analisar os arquivos dos casos até entrevistas cara a cara com esses homens.
Mindhunter não é uma série de ação. Apesar de ao longo dos dez episódios, Holden e Bill se envolverem com investigações de alguns crimes, o foco da série é mostrar o início do trabalho de análise de perfis dos criminosos dentro do FBI. Os agentes tinham como objetivo traçar um método que ajudasse o departamento a capturar esses assassinos hediondos antes que eles fizessem mais vítimas. Como eles acreditavam e defendiam: “como antecipamos os loucos, se não sabemos como os loucos pensam?”.
Holden e Bill sofrem resistência do próprio FBI em relação ao trabalho que eles estão desenvolvendo, mas ao longo da série, os agentes ganham ajuda de Wendy (Anna Torv), uma especialista em psicologia criminal, e apoio financeiro. E a partir desse ponto, a série ganha mais características de uma pesquisa científica. Wendy vai criar um padrão de entrevistas, seguindo metodologias científicas, para que os agentes apliquem durante as conversas com os criminosos.
Apesar de não ter ação, as cenas de entrevistas entre os agentes e os criminosos e, principalmente, o efeito que esses diálogos causam na vida dos investigadores valem mais que mil imagens e ação. Como separar a vida pessoal da profissional? Como seguir com a vida após ter ouvido tantos relatos minuciosos de crimes aterrorizantes? É muito interessante acompanhar o processo de criação do método e seus efeitos dentro e fora do FBI. E o início de uma possível resposta para pergunta: criminosos nascem ou são formados?
- Vai ter segunda temporada SIM! E durante a primeira temporada, temos cenas do que podemos esperar para a próxima.
- Livro na Amazon: MINDHUNTER – O primeiro caçador de serial killers americano
No YouTube:
Espalhe “Mindhunter – criminosos nascem ou são formados?” por aí! 😉
Que eu sou a péssima das séries você já sabe! Não consigo nem acompanhar o que é lançamento e o que é antigo. As únicas que terminei e tô em dia é Stranger Things e Demolidor. Tooodo o resto é um mundo inexplorado Hahahaha
Mas essa série aí mexeu com meu coração. Eu sou bem old school e assisto AXN com todas as séries policiais possíveis, mas completamente fora de ordem e sem seguir temporada nenhuma. Só ligo e vejo o caso do dia, mas taí uma que pode me fazer mudar esse comportamento!
Gostei muito da ideia de descobrir como tudo começou, como era Criminal Minds quando não sabiam nem o que era um serial killer… Prometo que vou me esforçar para assistir <3
“Eu sou bem old school e assisto AXN com todas as séries policiais possíveis, mas completamente fora de ordem e sem seguir temporada nenhuma.” – ME DÁ UM ABRAÇO! hahahaha <3 somos duas!
veja Mindhunter. Eu acho que vc vai amar.
bjão <3
Também pensei em Criminal Minds logo que fiquei sabendo da série. Mas daí li o nome do Fincher e já nem queria mais saber do que se tratava, só sabia que tinha que assistir!! hahaha. Ainda está na fila porque este mês estou dedicando aos filmes da Mostra, mas estou bem ansiosa para ver 🙂
Gostei muito, Michelle. E acredito que você vai curtir.
bjão
Interessante Eu Vejo séries policiais a Muito Tempo CSI Criminal o Mentalista Ver elas me fez querer cursar Psicólogia ou Algo mais Florence
Sou muito fã de séries policias também. Vejo de todos os tipos rs
abs
É sem dúvidas uma das minhas queridinhas, a carga dramática e bem dosada e acompanhada de uma maneira poética pelos conflitos pessoais dos personagens.
Sem dúvidas a fidelidade e sensibilidade ao tratar dos casos foi na medida certa.
O elenco é um atrativo a parte.
Concordo muito, Rosi.
obrigada por comentar.
abs