Quem era Maria, sem ser a Bonita, sem ser a personagem do imaginário popular?
Maria Bonita era/é um produto da indústria do entretenimento. Maria de Déa era uma mulher comum, nos anos 1920, que não seguiu o destino esperado por sua família e a sociedade do interior da Bahia. Ainda casada, se apaixonou por Virgulino Pereira, o Lampião, e foi viver com ele pelo sertão nordestino. Foi a primeira e única mulher que escolheu viver entre os cangaceiros. Todas as outras não tiveram a opção de escolha.
Está em cartaz, até dia 13 de maio, na Caixa Cultural Salvador, “O Sertão de João Machado”. A exposição apresenta 35 fotografias do baiano de Xique-Xique, João Machado.
As imagens são vibrantes e trazem muito da beleza quente e viva do sertão nordestino. Além de representar as memórias da infância do fotógrafo e as histórias do seu pai, um romeiro de Bom Jesus da Lapa. Como disse a curadora Mônica Maia, “muito se diz sobre a fotografia ser a extensão do olhar, mas aqui estamos diante da imagem como extensão do coração.”
E por falar em extensão do coração, a fotografia preferida de João é “Galo”, feita em Xique-Xique, em 2010, é um registro da sua última viagem realizada com o irmão caçula. E para mim, fotografia também é uma porta para imaginação e criação. Sendo assim, minha imagem preferida é “Casa de pau a pique”, feita em Pau D’arco, em 2015. Fiquei a imaginar por quantas gerações esse vestido passou, quais são as histórias das mulheres que o vestiu, e se ele secava lágrimas de alegria ou de tristeza.
“O Sertão de João Machado” tem coordenação geral da Frida Projetos Culturais, curadoria de Mônica Maia, e realização da DOC Galeria. Se você é de Salvador ou estiver em Salvador até o dia 13 de maio, visite a exposição na Caixa Cultural.
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Data: 07/03/2018 a 13/05/2018 Horário:de terça a domingo, das 09 às 18h Local:Galeria Arcos Entrada: gratuita
Está em cartaz, até o dia 27 de maio, na Caixa Cultural Salvador, a exposição “Ser Feliz é Para Quem Tem Coragem” em homenagem a Dona Canô. Conhecida por muitos como a mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia, Claudionor Viana Teles Veloso vai além do título de mãe dos artistas, ela é até hoje símbolo de força e delicadeza na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano, aliás em toda Bahia.
Quem visita a exposição na Caixa Cultural quer ficar lá, sentado, ouvindo os depoimentos, lendo os relatos dos filhos e amigos. É um espaço aconchegante, bonito, delicado, cheio de afeto. Impossível não se emocionar.
Alguns fatos interessantes da vida de Canô que descobri ao visitar a exposição: sua madrinha é Nossa Senhora da Purificação; Canô foi a primeira mulher a usar calça em Santo Amaro e usou uma masculina que pegou emprestado do Tio Sinhô, além disso foi também a primeira mulher a dirigir em Santo Amaro. Ela era retada!
Canô faleceu em 2012, no dia do Natal, aos 105 anos, e deixou para todos uma lição: Ser feliz é para quem tem coragem, famosa frase que dá título a exposição.
“Ser feliz é para quem tem coragem – Dona Canô chamou” é uma realização da Tom Tom Produções Artísticas com produção da Via Comunicação e Eventos. Se você é de Salvador ou estiver em Salvador até o dia 27 de maio, visite a exposição na Caixa Cultural.
+ infos:
Data: 01/03/2018 a 27/05/2018 Horário:de terça a domingo, das 09 às 18h Local: Caixa Cultural Salvador | Rua Carlos Gomes, 57 – Centro – Salvador – BA | Galeria Mirante Entrada: gratuita
Salvador (BA) ganhou uma festa literária pra chamar de sua, a FLIPELÔ – Festa literária internacional do Pelourinho.
Fui fazer um passeio para conhecer os espaços da feira e aproveitei pra fazer um vlog.
A 1ª edição da FLIPELÔ acontece de 9 a 13 de agosto.
Não é fácil viver em Salvador. Já começo o texto com essa verdade. A cidade não é o paraíso mas tem alguns momentos e lugares que fazem a gente sentir orgulho de morar aqui.
Olá, me chamo Jeniffer Geraldine. Sou baiana, escritora, jornalista e professora. Sou apaixonada por livros, fotografia, séries, filmes, pôr do sol, olhar pela janela, música e viajar.