Psicose – livro e série

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A imagem acima é uma colagem da cena clássica do filme de horror e suspense Psicose (1960) que foi dirigido por Alfred Hitchcock e se tornou um sucesso do cinema norte-americano. O filme Psicose foi, na verdade, baseado no livro de mesmo nome escrito por Robert Bloch, em 1959. O escritor se inspirou no caso do psicopata Ed Gein que, em 1957, ficou famoso por chocar a sociedade com seus crimes macabros e cruéis.  Ed decapitava suas vítimas e gostava de exumar cadáveres do cemitério local para fazer troféus e objetos para sua casa.

Outro fato curioso sobre o sucesso Psicose é que Alfred Hitchcock, além de comprar os direitos do livro, adquiriu todas as cópias da obra que estavam disponíveis no mercado para que as pessoas não soubessem o final da história. O filme revolucionou o mercado do cinema de horror e suspense porque deixava de lado os monstros e seres estranhos para focar nos humanos e seus problemas psicológicos. Até hoje Psicose influencia de alguma maneira as produções de terror psicológico.
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No livro Psicose, tudo começa com a jovem Mary Crane fugindo após roubar dinheiro do lugar onde trabalhava. No meio da fuga, ela vai parar no Bates Motel, um hotel de beira de estrada, administrado por Norman Bates.

Norman Bates é a nossa figura central do livro. Um sujeito calado, sozinho e com uma devoção sem igual a sua mãe, Norma. Quando Mary chega no Bates Motel, Norman acaba se interessando pela mulher e começa a contar um pouco da sua história, como se tornou dono de um motel, quem era seus pais, a relação com a mãe e sua paixão por taxidermia. Mas, ao mesmo tempo, ele acreditava que não deveria conversar, nem se sentir atraído por Mary, por causa de sua mãe, que ao longo dos seus relatos, percebemos ser uma mulher controladora e opressora.

Era como se fosse duas pessoas, na verdade – a criança e o adulto. Quando pensava na Mãe, ele voltava a ser criança, usava vocabulário de criança, referências e reações infantis. Mas quando estava sozinho, não; em verdade, não sozinho, mas afundado em um livro, era um indivíduo maduro. Maduro o suficiente para compreender que talvez fosse vítima de uma forma leve de esquizofrenia, ou provavelmente uma neurose na fronteira dela.  – pag 129

O próprio nome do livro sugere o estado de Norman. Ele é um homem com problemas psicológicos. No seu caso, a principal motivação da sua psicose é a mãe. E a parada de Mary Crane no Bates Motel não será tão tranquila quanto ela imaginou. A história é conhecida por muita gente por causa do filme do Hitchcock, mas a leitura do livro tem seu próprio suspense. E vale a pena conhecer o olhar de Robert Bloch que deu origem ao sucesso Psicose.

E se você por acaso não conhece a história de Psicose, só tenho a te dizer que é terror psicológico daqueles que você cria várias especulações e não acerta nenhuma.


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No livro e filme, conhecemos o Norman adulto, um sujeito solitário, devoto a sua mãe, com problemas de relacionamentos e dono do Bates Motel. Temos ideia de que a relação com Norma influenciou diretamente na sua personalidade. Mas como terá sido a infância e adolescência de Norman? E até mesmo de Norma?

Em 2013, Bates Motel estreou como um prólogo de Psicose. A série tem um ar contemporâneo, mas retrata a vida de Norman e Norma antes dos acontecimentos do filme de Hitchcock e consequentemente do livro do Bloch. O Norman da série, interpretado por Freddie Highmore, é muito parecido fisicamente com o ator que interpretou o Norman do filme, Anthony Perkins, e ambos diferem do Norman de Bloch, mas a essência do personagem está presente em todas produções.

Devo dizer que entre livro, filme e série, meu coração bate mais forte pela série. Na produção, exibida no Brasil pelo Universal Channel, nós conhecemos a juventude de Norman Bates e aos poucos vamos acompanhando o nascimento de um serial killer psicopata, além de conhecer mais a fundo a relação de devoção entre mãe e filho.

A série está chegando na quinta e última temporada. Você pode acompanhar toda segunda, às 22h, no Universal Channel, ou maratonar as três primeiras temporadas na Netflix.

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6 comentários em “Psicose – livro e série

  1. Psicose é uma história incrível. Nem consigo escolher entre filme, livro e série. Acho que os três se complementam perfeitamente. E por mais que eu já tenha visto o filme inúmeras vezes, toda vez observo algo diferente. Essencial para quem curte um bom suspense 😉

    • Eu já pensei em ver o filme novamente. Acho que terei outro olhar.
      Farei isso, em breve.
      Eu fiquei mais encantada pela série porque acho o elenco muito bom. Então ela tem muitos elementos que me agradam.
      Bjão

  2. Tenho muita vontade de ler esse livro Jen, parece muito bom!
    E a série também, preciso ver!
    Excelente post, amei! bjoo

  3. Nossa, Jen, adorei o quão completos ficaram o post e o vídeo, parabéns 😀 Nunca vi Psicose, mas, desde que soube que foi baseado num livro, me segurei pra adquirir o livro primeiro e conhecer a história através dele. Parece ser incrível a experiência da leitura, apesar de não parecer fazer tanto meu estilo. Adorei!

    • Obrigada, Bela! <3
      A leitura é bem interessante. Super indico, até pra quem não curte muito o estilo.
      Bjão!