Sempre fui de namorar. Já tive cinco namoros desde os meus 18 anos. Alguns duraram por longos meses e outros pelo tempo de um verão. Alguns passaram exatamente como um dia de sol, quentes pela corrente sanguínea, ardentes na pele e silenciosos em suas despedidas como o entardecer.
Mas de todos, existiram três que me arrebataram… Às vezes o amor é devastador. Parece uma onda gigante da qual a gente não consegue escapar. Apenas estamos lá, sentados à beira da praia, curtindo a vida e ele chega sem avisar, nos engole em seu ímpeto, nos revira de ponta cabeça, nos faz tropeçar, nos entorpece, nos embriaga, nos destrói com a força de um Tsunami.
Fui invadido algumas vezes por essa força além das minhas expectativas. Nunca estamos esperando uma onda nos engolir, revirar e ir embora. Nunca estamos esperando aquele amor do tipo destruidor, devorador, desconcertante, inquietante e imenso. Nunca estamos preparados para algo que nos tire do sério, nos tire do chão, nos sacuda, revire nosso estômago atrás de borboletas, inebrie nosso coração como o canto de uma Sereia.