O Escaravelho do Diabo

Um serial killer, em Vista Alegre (SP), que mata apenas pessoas ruivas e antes envia como aviso um besouro. Essa é a premissa do clássico infantojuvenil brasileiro O Escaravelho do Diabo (128 páginas), da mineira Lúcia Machado de Almeida (1910 – 2005). O livro foi publicado pela primeira vez em 1972 pela famosa Série-Vagalume, da Editora Ática, e tem ilustrações de Mario Cafiero.

A primeira vítima do Inseto – nome dado ao assassino – foi o ruivo Hugo, Foguinho, irmão de Alberto. Hugo recebeu um pacote com um besouro preto dentro mas não deu muita importância. No outro dia, encontram o jovem  morto com uma espada cravada no peito. Alberto, estudante de medicina e apaixonado por mistérios, não se conformou com a morte de Hugo e resolveu ajudar na investigação feita pelo inspetor Pimentel e o sub-inspetor Silva.

No centro de Vista Alegre morava em uma casa grande e confortável a irlandesa Cora O’Shea com o filho Clarence, e seus hóspedes: o suíço, professor de línguas, Sr. Graz; o americano Sr. Gedeon; e a jovem Verônica. Em uma noite de festa, Clarence O’Shea morre após tomar um remédio para gripe na frente de todos os convidados. Sua morte foi quase instantânea. Um médico, que estava entre os convidados, disse que o jovem teve um colapso cardíaco.

Acontece que Alberto acaba ajudando o médico a fazer a autópsia do corpo de Clarence e se surpreende. Clarence era ruivo e o motivo da sua morte foi envenenamento por cianeto de potássio, o mesmo cheiro que sentiram no dia que encontram Foguinho morto. Depois disso, Alberto não perdeu mais tempo e chamou o inspetor Pimentel para ir na casa de Cora O’Shea em busca de mais informações sobre a morte de seu filho. E as coincidências deixaram de ser apenas coincidências.

Alberto sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo. Em sua imaginação misturavam-se duas cabeleiras vermelhas, a de “Foguinho” com a de Clarence, e dois besouros negros, ambos fincados numa rolha.

A investigação começa. Alberto, Pimentel e Silva estavam atrás de um assassino em série que tinha um padrão claro de vítima: pessoas ruivas. Eles precisavam desvendar a morte dos outros jovens e também evitar novos assassinatos.

O Escaravelho do Diabo tem uma trama criativa e envolvente. Acompanhar as idas e vindas das investigações é instigante. A leitura flui e a linguagem é bastante simples. Talvez você ache tudo muito raso e fique bem chateado com a conclusão da história, mas vamos lembrar que é uma obra de 1972 e voltada para o público infantojuvenil. Tenho certeza de que, na época, despertou em muita gente o gosto pela leitura e por mistérios. E ainda pode despertar.

Filme


Dia 14 de abril estreia o filme, inspirado no livro, que tem no elenco o ator Marcos Caruso. Vamos aguardar!

Onde encontrar o livro: Saraiva

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