Notas de julho | 2020

Pois é, não teve o notas de junho porque junho foi um mês estranho, mas hoje estou aqui para compartilhar as notas de julho.

1. Novidades JG

Julho foi um mês que, ao que tudo indica, as coisas finalmente se acertaram por aqui, na medida do possível. Então eu aproveitei o embalo e tirei alguns projetos da gaveta de ideias.

JG na resenha

Um deles foi o JG na resenha, um quadro de bate-papo/entrevistas com amigos e convidados sobre os temas que eu já abordo mas que seria interessante ouvir a experiência de outras pessoas também. Já tivemos 3 edições. A primeira foi com o escritor Paulo Souza sobre a experiência como estudante EAD. A segunda foi com o casal do Passos Entre Linhas, Lore e Rafa, sobre as sagas mestrado e doutorado. E a terceira foi com minha amiga Francine Ramos sobre Virginia Woolf, literatura e internet. Se você ainda não viu, veja! Os episódios estão disponíveis em vídeo e áudio (através de plataformas de podcast).

News Notas da Vida

A segunda novidade foi o lançamento da minha newsletter Notas da vida, um espaço mais intimista para compartilhar minha produção criativa e fazer uma curadoria de conteúdo. Eu considero um projeto experimental para minha escrita criativa. É um momento para exercitar semanalmente essa escrita, além de me arriscar em colagens digitais e na fotografia. E o que eu acho bacana em projetos de newsletter é que não ficamos refém do algoritmo das redes sociais, assim como não há um imediatismo. Você recebe a cartinha digital no seu e-mail e pode ler quando quiser, sem pressa, no seu tempo.

Layout novo do blog – confira os serviços

A outra novidade é a reformulação do meu blog para um espaço como site pessoal/ portfólio. Eu estava treinando para deixar o blog com essa cara mais de um site pessoal, com destaque não apenas para o conteúdo, mas também para mim, a minha presença digital como um todo. E que também fosse um lugar para disponibilizar os serviços que eu faço além/na internet. Visite a página de serviços para conhecer e conferir de que maneira nós podemos fazer parcerias nas áreas de comunicação, educação e organização e produtividade.

2. Voltei para terapia

Acredito que todo esse movimento só ocorreu porque eu finalmente voltei para terapia. Acho que estava chegando ao meu limite e precisava de uma terapia mesmo, conversar com uma especialista. A situação da pandemia é totalmente atípica. E eu acho que quem tem a possibilidade de fazer terapia deveria tentar. Estamos presos, mesmo que haja alguma liberdade, e estamos sem perspectivas, mesmo que tenhamos objetivos e desejos de um amanhã. A terapia é um processo que considero doloroso, mas extremamente gratificante. Eu sei que isso é contraditório. Mas é como uma citação que vi dia desses na internet: a jornada do autoconhecimento não é mágica, ela é dolorosa mesmo. E eu acho que é melhor irmos com isso em mente. Tanto que para fazer terapia, o pontapé inicial precisa ser seu. Você precisa querer saber/entender/enfrentar/encarar o que se passa no seu interior. E isso não é fácil. Eu sempre vou para sessão com uma sensação de medo porque não sei o que vou encontrar lá. Mas, uma coisa é fato também, eu sempre saio leve e com uma sensação de “ainda tenho muito para viver e me sinto mais confiante”.
 

3. Minha rotina atual

Eu já tinha compartilhado por aqui que a pandemia bagunçou geral minha rotina. E fico feliz agora em compartilhar, que após mais de 120 dias, eu posso dizer que tenho uma rotina adequada para esse momento estranho, intenso e incerto que estamos vivendo. Porque rotina é algo mutável. Rotina pode e dever mudar de acordo com o momento que estamos vivendo, os nossos objetivos atuais e o lugar que estamos.

Uma das coisas que estava me incomodando demais era não dormir bem e acordar sempre tarde. Para mim, o segredo do sucesso é dormir bem. Sério mesmo. Se você dorme bem, e isso independe de quantidade de horas, mas sim do que seu corpo precisa, você consegue pensar melhor e é o primeiro passo para ter um bom dia. Pelo menos por aqui funciona assim. Não sei se é o mesmo com você! Quando eu consegui voltar a dormir entre 22h e 23h30 e acordar às 6h – 7h, tudo começou a se ajeitar. E eu voltei a ter uma rotina matinal que amo. Essa rotina consiste em:

  1. Acordar com calma, sem pressa. Abrir o olho e me perceber naquele momento na cama. Perceber o que surge na mente como primeiro pensamento. Agradecer pelo novo dia;
  2. Escrever sobre o que surgiu na mente, sobre o que sonhei, e tudo mais. Geralmente aqui eu já começo a planejar como vai ser o meu dia;
  3. Ler por cerca de 15 minutos. Geralmente leituras de desenvolvimento pessoal, espiritualidade ou filosofia. No momento, estou lendo Filosofia para mortais. Inclusive eu fiquei cerca de mais de um mês sem ler absolutamente nada por puro prazer e graças a essa mudança de rotina voltei a um ritmo bacana de leitura.;
  4. Fazer uma sessão de ioga ou alongamento por no máximo 20 minutos;
  5. Meditação guiada ou meditação em silêncio.

Qualquer semelhança com O Milagre da Manhã é pura coincidência. 

4. Série “Expresso do Amanhã”

E claro que no Notas do mês tem que ter uma dica de série ou filme. A série que me acompanhou nos últimos tempos e que eu super indico foi “Expresso do Amanhã”, que está disponível na Netflix. A história do “Expresso do Amanhã” já é bastante conhecida por conta da HQ clássica, Perfuraneve, e o filme de Bong Joon-ho, o diretor de Parasita.

“Expresso do Amanhã” é uma distopia e uma das minha histórias preferidas. A sinopse é a seguinte: após o aquecimento global, alguns cientistas criam um experimento para tentar controlar a situação, mas tudo dar errado e a terra acaba coberta por gelo. Os únicos sobreviventes vão viver em um super trem que viaja ao redor do mundo, sem parar. Um dos assuntos principais é a desigualdade social. E eu acho sensacional a proposta de levar esse tema para uma sociedade que vive em um trem num futuro pós-apocalíptico. A humanidade tenta salvar o que restou dela, depois que ela mesma a destruiu (afinal um colapso climático só pode ser causado devido ao extrativismo, poluição etc), mas continua fazendo uso das mesmas estratégias de sobrevivência. Um ciclo sem fim de servidão, opressão, desigualdade. Não é esperançoso. Nem é para ser. Mas mostra que em qualquer que seja o tempo e as condições, enquanto houver desigualdade, haverá miséria, luta, resistência e desespero. Não haverá paz.

Conteúdo em vídeo:

Notas de julho/2020 é o episódio #10 do JGCast. Confira nas plataformas abaixo: 

Espalhe por aí:

Deixe um comentário: