Favoritos de 2021.1 | Diário Cult

No início de 2021, combinei com meu amigo Luke, do Blog Um Café com Luke, de fazermos ao longo do ano um diário cultural. A proposta é manter o hábito de escrever sobre as produções culturais que lemos/assistimos. Sem muitas regras ou cobranças, o diário cult serve mais como uma ferramenta para nos lembrar de fazer nosso encontro com o artista – aquele momento em que nos levamos para passear e conferir um bom filme ou em que nos sentamos no sofá para acompanhar uma boa série ou ler um livro que estava parado na estante.

Manter um diário também é um convite para ativar a atenção ao quê nos propomos consumir. Nesta época de consumo fast-food, muito incentivado por algoritmos de redes sociais, vale diminuir o ritmo, prestar um pouco mais atenção e perceber onde estamos colocando nossa atenção e energia.

No final de cada mês, passamos a compartilhar os favoritos do diário cult na internet. E agora que concluímos um semestre faz sentido compartilhar também os melhores de 2021.1. Sempre faço essa seleção de acordo com o meu nível de envolvimento – “não saiu da minha cabeça”; “me trouxe ótimos aprendizados”; “maratonei apegada aos personagens”; “sonhei com as personagens”; “me fez esquecer os problemas reais da vida”.

LIVROS FICÇÃO

A vida mentirosa do Adulto (Elena Ferrante)

A vida mentirosa dos adultos foi publicado no Brasil, em 2020, pela Editora Intrínseca com tradução de Marcello Lino. A personagem principal é Giovanna e através de suas memórias de infância e adolescência encontramos alguns conflitos da época de transição para a vida adulta. Há a descoberta da sexualidade, a rebeldia adolescente, a desobediência de quem quer se dona de si, o primeiro amor, as relações ambíguas de amizade. Mas talvez o principal seja a busca por uma identidade que atravessa a construção de uma subjetividade mas ao mesmo tempo se entrelaça com as subjetividades dos pais, de familiares e amigos.


A rede de Alice (Kate Quinn)

Ficção histórica, baseada em fatos reais, cheia de mistério e com personagem espiã.


O amante (Marguerite Duras)

O Amante foi lançado pela primeira vez em 1984, quando Duras já tinha 70 anos de idade, e é um romance autobiográfico que, misturando tempos e vozes narrativas, conta a história de amor entre uma jovem francesa e um homem mais velho rico e chinês.

LIVROS NÃO-FICÇÃO

O ponto de equilíbrio (Christine Carter)

Christine traz a ciência por trás da construção de hábitos, mas também a sua jornada em busca de uma vida mais equilibrada.Para a autora viver em equilíbrio é fazer mais com menos esforço. E rotina “pode ser um único pensamento ou sentimento, ou então uma série de comportamentos e emoções que realizamos e vivenciamos sempre na mesma ordem.”

Hábitos Atômicos (James Clear)

Para quem quer entender sobre formação de hábitos e o quanto isso está relacionado com a nossa identidade.

DOCUMENTÁRIOS

This is personal (Netflix)

Documentário que mostra o desafio de tornar interseccional a Marcha das Mulheres, em 2017, nos Estados Unidos.

O Gênio de Marie Curie – A Mulher que Iluminou o Mundo (Globoplay)

Produção de 2013, narrado por Geraldine James (Anne com E) e David Malone, que em apenas 55 minutos nos apresenta a grandiosa vida de Marie Curie.

FILMES

O som do silêncio (Amazon Prime Vídeo)

O Som do Silêncio foi escrito e dirigido por Darius Marder e é uma narrativa centrada na vida de Ruben (Riz Ahmed), baterista de heavy metal que vive da música tocando em bares ao lado da namorada Lou (Olivia Cooke) e percorrendo cidades com um trailer que também é o lar do casal.Certo dia, Ruben percebe que está com dificuldades de ouvir. E resolve procurar um médico. Na consulta, o músico descobre que perdeu aproximadamente 80% da audição e que dificilmente haverá uma melhora.

Nomadland

Após uma crise econômica que desestruturou uma cidade na zona rural de Nevada (EUA), Fern, viúva, desempregada, sem lar, entra numa van, a Vanguarda, e parte para uma viagem solitária em busca de sobreviver e viver seus lutos – a morte do marido e a morte do lar. 

As virgens suicidas (Telecine)

A direção da Sofia Coppola tem um olhar subjetivo, um olhar nos detalhes, que deixa o filme muito mais íntimo e enigmático. A produção traz a história de irmãs que cometem suicídio. E fica a grande questão: por que  meninas tão belas e com um ótimo futuro pela frente tinha a ideação suicida? Observando os detalhes e com um olhar mais cuidadoso e crítico, passamos a saber que o motivo é justamente a repressão feminina que elas sofriam em casa através da educação que recebiam por serem mulheres.

Thelma e Louise (Telecine)

Em 2021, o filme Thelma e Louise comemorou 30 anos de lançamento. Um clássico do cinema que retrata a força de uma amizade feminina em uma sociedade patriarcal e machista.

Luca (Disney +)

Uma animação sobre amizade, reconhecimento e potência das diferenças.

SÉRIES

Trapped (Netflix)

Eu sou fã de séries policiais e um dos pontos positivos da Netflix é ter no catálogo séries de diversos lugares do mundo, Trapped é uma delas, uma série policial islandesa. Menos ação, mais introspecção, o tempo passa mais devagar, e a paz da cidade pequena, no meio do nada, é tirada quando diversos crimes começam a acontecer.


Despachos de outro lugar (Prime  Video)

Na série Despachos de Outro lugar, dirigida por Jason Segel, quatro pessoas tiveram a audácia de pegar um folheto sobre testes estranhos na rua, entrar em contato e participar do teste: Peter (Jason Segel), Simone (Eve Lindley), Janice (Sally Field) e Fredwynn (André Benjamin). E por conta disso acabaram em um processo intenso de autoconhecimento.

Dinastia (Netflix)

Uma produção que é entretenimento puro. Não é para levar muito a sério. É para ver e se divertir. A série conta a história das famílias Carringtons e os Colbys. São famílias ricas, donas de várias empresas que vão passando de geração para geração. E são pessoas que acreditam que o dinheiro pode comprar tudo, do material até a felicidade. É uma série que eu considero do conceito “é ruim mas é bom”. Tem looks incríveis, personagens cativantes e situações surreais.

Start-Up (Apostando alto, Netflix)

Meu primeiro dorama!  Foi uma experiência muito boa, divertida e emocionante. A história envolve tecnologia, relacionamentos e vida profissional. Me apaixonei pelos personagens. Foi bom também para conhecer um pouco da cultura sul-coreana.


The Bold Type (Netflix)

The Bold Type acompanha a vida de 3 amigas que trabalham em uma revista de moda e comportamento feminino. Só por aí já dá para ter uma noção do que podemos encontrar no decorrer dos episódios – rotina de produção jornalística; pautas feministas; sexualidade; sororidade; questões sociais, raciais e religiosas; desenvolvimento profissional. Mas todos esses temas são tratados de forma leve. Desse modo a gente se diverte e se informa.

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