Era Uma Vez Na Infância

Lá no reino das formigas…

Numa noite linda, no palácio da rainha,

todo iluminado, cheio de vagalumes.

Minha lista de leitura, até antes de entrar no universo acadêmico, se resumi a não mais que meia dúzia de livros da coleção Vaga-lume (eu sei; quis dar uma pista da minha idade – risos), Meu Pé de Laranja Lima, alguns gibis da Turma da Mônica e do Recruta Zero e Um Burrinho de Sorte. Este eu posso dizer que, de alguma (ou várias) maneira(s), marcou a minha vida. Talvez por ter sido o primeiro, que tenho lembrança. Talvez por ter vindo de muito longe. Talvez por ter sido presente de alguém – que de certa forma é – especial, ainda que nunca tenhamos nos conhecido pessoalmente. Talvez por trazer várias historinhas. Talvez, talvez, talvez…

EraUmaVezNaInfanciaUm burrinho de sorte – historia que dá titulo ao livro – é apenas uma das cinco historias que compõem essa linda literatura infantil. Ela conta a historia do nascimento do menino Jesus, mas pela perspectiva do privilégio que certo “burrinho magro, magro. Magro e fraco. Fraco e feio” teve de ser o escolhido para cumprir a missão de levar Maria e José a um lugar seguro para “um nenê que vem do céu”.

Uma linda e emocionante historinha. Mas, mesmo assim, não é a minha favorita. Nunca tive muito apego a lendas e fábulas – com suas abstrações…  sempre estive mais ligado/fisgado com o real.  Até mesmo os meus sonhos e fantasias sempre estiveram conectados, de algum modo, com a esfera do real, do possível – mesmo que no faz de conta.

Assim, “O soldadinho triste e a fada-formiga” – historinha que narra qual é a missão de uma formiga ao se torna fada e seu o encontro com soldadinho triste, solitário e egoísta – se tornou a minha historinha favorita. Não sei dizer o porque a escolhi como favorita – ainda aos 6 anos de idade. Muito menos sei explicar, ao certo, – talvez Freud possa ajudar-me – a magia que essa historinha exercia sobre mim. Mas de uma coisa tenho absoluta certeza, foi por causa dela que ainda tenho o livro bem guardado em meu singelo acervo.

Hoje, ao reler essa historinha, vejo muitos temas para possíveis discussões, reflexões e aprendizados. E com algumas dicas do colega Freud consigo visualizar os elementos com os quais mantive uma relação de identificação, aos 6 anos, com o personagem do soldadinho triste.

Sem a menor sombra de dúvida, hoje, posso afirmar que essa literatura, com destaque para a historinha d“O soldadinho triste e a fada-formiga”, contribuiu muito na formação do homem que me tornei.

 

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