E não sobrou nenhum – Agatha Christie

Em 2015 celebra-se 125 anos do nascimento da Rainha do Crime, Agatha Christie. A escritora nasceu em 15 de setembro de 1890 na Inglaterra e escreveu oitenta romances. Considerada a autora mais popular e bem sucedida do mundo, Agatha também produziu contos e peças de teatros, recebeu da Rainha Elizabeth II o título de “Dama do Império Britânico” e era fã de Charles Dickens e Lewis Carroll.

Em E não sobrou nenhum, seu livro mais vendido e também o romance policial mais famoso dos últimos tempos, Agatha desafia o leitor a descobrir o porquê dez pessoas foram para uma ilha e não sobrou ninguém.

Wargrave, Vera Claythorne, Philip Lombard, Emily Brent, Macarthur, Armstrong, Tony Marston, Blore, Mr. e Mrs. Rogers recebem um convite misterioso mas ao mesmo tempo irrecusável, passar alguns dias na Ilha do Soldado com tudo pago. Quem não iria? Só que essas pessoas não se conhecem e também não sabem quem é o Mr. Owen, o anfitrião. É tudo muito vago e misterioso. E logo nas primeiras horas na ilha , os convidados recebem o primeiro sinal de que aquela estadia não seria tão sombra e água fresca.

A casa era bastante aconchegante e em cada quarto havia na parede, acima da lareira, um quadro emoldurado com um poema infantil sobre dez soldadinhos. Enquanto finalizavam o jantar e conversavam, os convidados observaram que no centro da mesa havia dez soldados de porcelana. Pouco tempo depois, na hora do café, enquanto ainda socializavam, uma voz interrompeu a conversa dos convidados de Mr. Owen: “Os senhores e as senhoras são acusados dos seguintes crimes…”.

A voz citou um por um e relatava qual crime cada pessoa havia cometido. Se antes eles não se conheciam, agora sabiam o segredo mais obscuro da vida de cada um. A partir desse momento o clima leve da ilha ganha um ar pesado e tenso. Eram todos criminosos? E estavam ali por qual motivo? Era tudo uma brincadeira de mau gosto do Mr. Owen? E quem era Mr. Owen?

E se não bastasse tudo isso, situações misteriosas, sombrias e assassinatos começam a acontecer e os convidados não podem sair da ilha devido a uma tempestade. Estão aprisionados na Ilha do Soldado, em alguns momentos como vítimas, em outros como suspeitos.

 

E pensou também: “A melhor coisa de uma ilha é que, uma vez nela, não se pode ir mais longe… é o fim das coisas.” (pag 124)

 

Entre em um labirinto e tente sair dele. Foi essa a sensação que tive ao ler E não sobrou nenhum (Globo Livros, 2014). Agatha escreveu um clássico policial atemporal, com uma boa dose de terror psicológico, e deu ao leitor o presente de ser o detetive. Não posso falar mais nada. Observe as pistas e tente montar o quebra-cabeça. Será que você vai sobrar nessa também? 😉

 

Dez soldadinhos saem para jantar, a fome os move;

Um deles se engasgou, e então sobraram nove.

Nove soldadinhos acordados até tarde, mas nenhum está afoito;

Um deles dormiu demais, e então sobraram oito.

 

>> O título original é “O caso dos dez negrinhos” (canção infantil inglesa), mas por conta de algumas polêmicas mudou-se o título e o nome da Ilha, que antes era Ilha do Negro.

>> Confira o post 5 livros nada óbvios para ler de Agatha Christie 

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