Doctor Who – Mortalha da Lamentação

Nada contra Peter Capaldi, mas eu gostava mesmo era do Matt Smith no papel do Doctor. Aquele magricela estranho do queixo proeminente continua fazendo falta, e foi na tentativa de sanar essa falta que comecei a ler “Mortalha da Lamentação”, escrito por Tommy Donbavand, um whovian como a gente, publicado no Brasil pela Suma de Letras. Seu texto cheio de bom humor é bem fluido e, como o livro é pequeno, muito provavelmente você vai ler num só final de semana.

A história de Dombavand reúne o 11º Doctor e Clara Oswald numa aventura contra a Mortalha. O inimigo da vez começou a tomar conta do planeta depois que o presidente norte-americano Kennedy foi assassinado em Dallas, no Texas (EUA), o que despertou um sentimento de tristeza em escala mundial. Dado que a Mortalha se alimentava exatamente de tristeza, então o planeta seria um prato cheio.

Na tentativa de salvar o planeta mais uma vez, o Doctor e Clara vão até Dallas e lá encontram Mae Callon, uma jornalista que havia sido designada para cobrir a morte trágica do presidente e também a primeira pessoa a notar a presença da Mortalha ao ver o rosto da avó recém-falecida numa mancha de café na redação do jornal. Em seguida, Warren Skeet, um agente do FBI que passou a ver o rosto de seu antigo parceiro, também se junta ao Doctor. Logo depois, os quatro seguem o plano do Doctor em busca de uma solução para impedir que a Mortalha se espalhe pelo mundo inteiro.

Só pelo fato de misturar um fato real, como a morte do presidente, a todo o universo ficcional de Doctor Who o livro já havia ganhado vários pontos comigo antes mesmo de iniciar a leitura. E, como eu disse, é possível “ouvir” o Matt novamente, o que já garantiu mais uns pontos extras aí. Mas ele realmente me ganhou mesmo quando começou a fazer a onomatopéia da TARDIS: “VUOR-VUO-VUO-VUO-UO-UO-UO-UO-U-U-U-U-U-U!”

Sim, sou desses que adora uma onomatopéia! :D

Mas enfim, é importante ressaltar que a história é bem redondinha e muito bem contada. Tem começo, meio e fim bem definidos sem deixar nenhuma ponta solta. Nesse quesito eu diria até que é impecável. O único ponto em que a história perdeu o embalo já foi bem perto do final, pois o autor exagera um pouco e a narrativa se torna um tanto quanto mirabolante, e olhe que estamos tratando do universo ficcional de Doctor Who, em que (quase) tudo é possível.

Apesar dessa “patinada” no final, o livro é muito bom e é essencial pra quem ainda sente falta de Matt Smith na TV.

Espalhe por aí:

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