Compartilhando #1 – Parasita, Talvez precisemos de um nome para isso e mais

Teve uma época no YouTube que eu estava meio perdida com a linha editorial do meu projeto de conteúdo e criei muitos quadros/séries de conteúdo. Um deles foi o CAFEZINHO, um quadro de curadoria de conteúdo em que compartilhava algum link bacana, falava das séries ou filmes que tinha visto nos últimos dias, e também comentava sobre as leituras. Algo bem dinâmico com um mistura de dicas legais. Em 2020, quero retomar essa série de conteúdo, mas como o nome COMPARTILHANDO. Vamos nessa?!

Ouça o conteúdo:

LIVRO – IDEIAS PARA ADIAR O FIM DO MUNDO (AILTON KRENAK)

Se você está em busca de um livro curtinho para ler nas férias de janeiro, um livro curto mas bem cabeça, para fazer pensar, indico o Ideias para adiar o fim do mundo, do Ailton Krenak, ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas. 

O livro reúne duas palestras e um texto adaptado de uma entrevista – Ideias para adiar o fim do mundo, Do sonho da terra e A humanidade que pensamos ser. Os textos apresentados no livro nos chamam atenção para o respeito à terra e às diferenças. O autor nos faz questionar: que humanidade é essa que para viver dizima o diferente e o mundo em que vive?

Talvez adiemos o fim do mundo quando aceitarmos que não estamos sozinhos e que devemos reconhecer as diferenças sem hierarquias.

DOCUMENTÁRIO – EXPLICANDO (NETFLIX)

Episódio: Astrologia

Todo dia na hora do café da manhã estou assistindo um episódio do documentário Explicando na Netflix. Um que eu gostei bastante é sobre Astrologia e faz parte da primeira temporada da série documental.

Encontramos curiosidade e informações sobre astrologia – como surgiu, a crítica da ciência, porque as pessoas se apegam e acreditam, o boom da astrologia por causa da internet. Tem a Susan Miller, a famosa astróloga e queridinha na web. Gente, ela escreve desde 1995! 

Algo que achei super interessante foi a explicação do surgimento da coluna de horóscopos nos jornais. Aconteceu em Londres, em 1930, o astrólogo Naylor publicou uma coluna para celebrar o nascimento da princesa Margaret. E lá ele fez pequenas previsões sobre o futuro da família real e da princesa que foram acontecendo aos poucos. Depois das previsões, ele ganhou uma coluna fixa no jornal, mas não escreveu sobre a realeza e sim horóscopos para leitores comuns. E foi assim que tudo começou. 

Outro ponto interessante do documentário, afinal por que acreditamos em astrologia? Dizem que é por causa do efeito placebo – algo não precisa ser real, desde que seu efeito seja real. A astrologia para muita gente está ligada à espiritualidade, ao universo. E acreditar nas previsões, nos conselhos astrológicos, traz otimismo e confiança.

FILME – PARASITA

Parasita é um filme do sul-coreano Bong Joon-ho que estreou no Brasil em novembro de 2019. O próprio diretor já disse que é uma crítica ao capitalismo. Eu lembrei bastante do filme Corra!, de Jordan Peele, e do livro A classe média no espelho, de Jessé Souza. 

Parasita foi um filme que me fez pensar bastante sobre a desigualdade social. Várias pessoas com tão pouco, o básico do básico para sobreviver, e umas poucas pessoas com muito e que levam a vida explorando e subutilizando a mão de obra daqueles que têm como moeda de troca para sobrevivência, o trabalho, o tempo, a própria vida. E o título Parasita é muito bom. Ricos ou pobres, no mundo capitalista, todos nós somos um pouco parasita. Não dá para falar muito do filme, inclusive o diretor pediu isso. Também não dá para classificar o filme, dizer de que gênero é, porque está tudo misturado, eu ri, me emocionei, refleti sobre a vida e a sociedade. E te digo que vale super a pena ver Parasita.

LIVRO – TALVEZ PRECISEMOS DE UM NOME PARA ISSO (STEPHANIE BORGES)

Ler poesia para mim é sair da zona de conforto. Não costumo ler muito, mas de vez em quando me arrisco. Eu li e super indico o Talvez precisemos de um nome para isso, da Stephanie Borges. Se você passou recentemente por uma transição capilar, leia o livro. O cabelo é o elemento central para falar sobre política, controle de corpos e subjetividades, autoamor e re/autoconhecimento. E se você não passou por transição, leia também para conhecer a escrita da autora e sair da zona de conforto.

“é preciso se apossar diariamente

do próprio corpo

acordar na tentativa de se manter

evitar o sequestro”

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