Recentemente compartilhei a minha experiência de leitura do livro “Minimalismo Digital”, do Cal Newport. Aproveitei o momento para compartilhar de que maneira eu colocava em prática a proposta do minimalismo digital. Uma das formas é através do consumo de mídia lenta. Falei que não consumia mais informação diária através do ritmo frenético de algumas redes sociais digitais, como o Twitter. E algumas pessoas se interessaram em saber um pouco mais sobre as ferramentas e esse processo de consumo de mídia lenta.
Antes de falar dos feeds e das news que costumo acessar para me manter informada, gostaria de abordar algumas temáticas como FOMO e BURNOUT.
Eu trabalhei por quase 10 anos na área digital em assessorias, setores e agências de comunicação. E quem trabalha na área sabe que muitas vezes o profissional fica refém das atualizações constantes que são feitas nas ferramentas. Quase sempre surge uma novidade e é preciso rever a estratégia ou sugerir proposta para que o cliente saia na frente.
Naquele tempo, eu me sentia na obrigação de me manter atualizada. Trabalhei também por um tempo com curadoria e produção de conteúdo, o que demanda a busca constante por informação. Até que comecei a me sentir desanimada com a área e percebi que esse ritmo não era o meu. Estava fazendo um esforço enorme para me manter na onda. E como muitos sabem eu venho desde 2017 fazendo uma transição de carreira. O processo de transição também passa pela busca de novos hábitos que sejam mais saudáveis e estejam de acordo com o que quero para minha vida no todo. Rever o uso da tecnologia, minha presença na internet e o consumismo fazem parte do processo.
Talvez você já tenha ouvido falar em FOMO e em BURNOUT. Calma, eu não fui diagnosticada com FOMO e BURNOUT. Tive outros problemas. Mas vi muitos amigos e colegas de trabalho (e ainda vejo) com esses diagnósticos, por isso eu fiquei em alerta e comecei a levar ainda mais em consideração uma mudança da minha relação com a informação e a tecnologia.
FOMO E BURNOUT
FOMO – Fear of missing out, geralmente traduzido como o medo de perder algo, é uma síndrome desenvolvida pelo medo de ficar de fora, uma ansiedade gerada por achar que as outras pessoas estão a nossa frente de alguma maneira. Como já falei por aqui, nós vivemos em uma sociedade contemporânea de excessos mas que também é uma sociedade da escassez. Sempre falta alguma coisa, mesmo que tenhamos muito. “Ficar de fora” não é uma das expressões que queremos colocar em prática. E BURNOUT é a síndrome do esgotamento profissional, um estado causado por um cansaço extremo, esgotamento físico e estresse. São duas doenças que refletem a sociedade contemporânea globalizada, imediatista, capitalista e individualista.
Algumas maneiras de combater situações como essas são: buscar informação de qualidade; formar uma rede de solidariedade; e buscar o autocuidado.
Cal Newport, o autor de “Minimalismo Digital”, diz que o “Manifesto da Mídia Lenta defende que, em uma era na qual a economia da atenção digital empurra cada vez mais o clickbait em nossa direção e fragmenta nosso foco em pedaços emocionalmente carregados, a resposta correta é tornar-se atento ao consumo das mídias.”
Pensando em abraçar a mídia lenta para o consumo de informação de qualidade e na busca por autocuidado para respeitar meu tempo e meu ritmo, hoje eu utilizo uma ferramenta para fazer a curadoria dos sites que julgo boas fontes de informação e a assinatura de 2 newsletter, que são projetos independentes de conteúdo jornalístico.
FEELDY – APLICATIVO AGREGADOR DE NOTÍCIAS
Na página inicial do Feedly encontramos a mensagem: “Adeus sobrecarga de informações. Acompanhe os tópicos e tendências de que você gosta, sem sobrecarga.”
No aplicativo é possível: adicionar sites para acompanhar as atualizações; criar pastas para categorizar os sites por temas; marcar as notícias como favoritas ou para ler depois; enviar o conteúdo para alguém por e-mail ou compartilhar direto na sua rede social.
Existe uma seção chamada “today”, onde o aplicativo agrupa as principais notícias do dia conforme as visualizações. O aplicativo tem diversas outras funções interessantes, além de uma versão paga.
NEWS – CANAL MEIO
Considero o Canal Meio o meu jornal diário. Sabe aquele hábito antigo que seus pais ou seus avós tinham ou tem de ler o jornal toda manhã no café. É exatamente isso que faço com o Meio. Só que ao invés de receber o jornal na porta de casa, eu recebo na caixa de entrada do meu e-mail.
Na página inicial do MEIO tem o seguinte: “O Meio é uma newsletter, sai de segunda a sexta-feira e chega de manhã cedo ao seu email. A leitura demora menos de oito minutos. E todas as notícias essenciais do dia estão ali, concisas. Da política ao que estreia no Netflix.”
Também existe uma versão premium. E com ela você recebe uma news especial aos sábados. E tem acesso a outras funções dentro do site.
NEWS – [a_nexo] tudo o que importa logo pela manhã
O Nexo é um jornal digital que tem a news “[a_nexo] trazendo tudo o que importa logo pela manhã”. É outra news que costumo verificar sempre. Eles compartilham matérias do próprio jornal mas também de outras fontes.
É dessa maneira que tenho consumido informação de qualidade. Fica o convite para assinar as news, testar o Feedly e abraçar o movimento da mídia lenta em busca de qualidade de vida.
“Como consumo informações | #minimalismodigital” é o episódio #9 do JGCast. Confira nas plataformas abaixo:
Amei o conceito de mídia lenta e, mesmo sem ter tido contato com ele antes, já vinha fazendo um movimento nesse sentido para amenizar a ansiedade em tempos de isolamento.
Ainda uso o twitter, mas um pouco menos e tenho me informado pela newletter do El país, preferencialmente.
Obrigado pelas dicas, vou dar uma conferida nelas
Também adorei esse conceito. Gosto muito do conteúdo do El País. Acompanho pelo Feedly. Obrigada pela visita! Abs
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