(…)
agora tem chovido excessivamente ao final da tarde
é por isso que eu ouço aquelas velhas canções de roque
(dos anos 60)
e em cada acorde ouço velhas
rebeldias de jovens (hoje idosos)
Poesia é pura magia.
Assim como o poeta escritor precisa se encontrar com sua alma criadora (inspiração), o poeta leitor necessita de um momento propício para transformar o poema em poesia… Criando, assim, uma sintonia/harmonia entre os poetas. Para se deliciar da poesia é imprescindível captar a essência da alma do poeta.
É nessa perspectiva que a obra Baladas para violão de cinco cordas, de Léo Prudêncio, publicada pela Editora Penalux, deve ser visitada. Ou seja, num momento de contato com o seu poeta interior… de introspecção!
E esse parece ser o grande trunfo desta obra. Num passeio entre o clássico e o contemporâneo, o autor apresenta seus versos e suas rimas em tons leves mas com nuances que dão aberturas à reflexões e discussões acerca do sujeito homem e deste com o cosmo que, de certa forma, o envolve.
a solidão
é um naufrágio em si mesmo
(…) é o momento antropófago do ser
Fora a irreverência à Platão (risos), esta é uma obra que vale a pena ser lida. Leve, de fácil leitura e que traz, além da própria beleza poética em seus versos, o universo musical para um dueto de bela afinação. Uma sacada genial, pois nos instiga a imaginar, fantasiar, ou criar (o que não foi o meu caso) a nossa própria trilha sonora. Confesso que até peguei meu violão; mas foi tão somente para devanear.
envelhecer é deixar de sonhar
(…)
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