Filme - Os 7 de Chicago - Jeniffer Geraldine | crônicas, livros, leitura, arte e cultura

Os 7 de Chicago, dirigido e escrito por Aaron Sorkin, é um dos filmes que concorre ao Oscar 2021 em diversas categorias, incluindo a de melhor filme. Assim como Judas e o Messias Negro, o filme é baseado em um episódio real e marcante da história dos EUA.

Em 1968, um grupo de pessoas eram contrárias à participação dos EUA na Guerra do Vietnã e organizaram uma marcha em Chicago, onde acontecia a Convenção do Partido Democrata, como forma de protesto. Na ocasião, o movimento, que até então era pacífico, saiu do controle e houve confronto entre manifestantes e a polícia de Chicago. A partir disso o governo processou oito homens por conspiração e incitação à violência, o que levou a um julgamento político histórico com duração de seis meses.

Os homens julgados eram líderes de movimentos políticos, ativistas pelos direitos civis – Tom Hayden (Eddie Redmayne), Abbie Hoffman (Sacha Baron Cohen), T. Jerry Rubin (Jeremy Strong), Bobby Seale (Yahya Abdul-Mateen II), John Froines (Daniel Flaherty), Rennie Davis (Alex Sharp), David Dellinger (John Carroll Linch) e Lee Weiner (Noah Robbins). Foram 8 julgados inicialmente, mas ao longo do processo Bobby Seale, presidente dos Panteras Negras na Califórnia, foi retirado do julgamento. Antes disso acontecer, Bobby sofreu maus tratos durante o processo levando a uma das cenas mais emblemáticas e revoltantes da história real e do filme.

Os 7 de Chicago é um daqueles filmes que ao terminar você solta um: “que filmão!” E começa a indicar para os amigos. É uma produção envolvente que mesmo conhecendo um pouco da história, a narrativa te faz querer ir até o final. Tem drama, humor, emoção e crítica.

Levando em consideração o contexto político atual, Os 7 de Chicago me fez lembrar que “o mundo está vendo” a história se repetir há muitos anos – violência policial e violência do Estado são fatos marcantes do passado e do presente.