Bullet Journal sempre me ganhou por ser um método analógico de organização e produtividade. Depois que eu li o livro produzido por Ryder Carroll acredito que melhorei bastante minha prática e me convenci que, acima de de qualquer coisa, o bujo é para ser feito como você achar que deve fazer.
Apesar de ter seus princípios e dicas de uso, eu ainda acho que o método é bem democrático. Gosto de usar o básico do básico para me manter afastada um pouco das ferramentas digitais. O Ryder diz no livro: “Utilizando um sistema analógico, você cria o espaço off-line necessário para processar informação, refletir e se concentrar. Quando você abre o caderno, o mundo frenético que o cerca pausa por um momento”.
Basicamente utilizo a Bullet Journal para lista de tarefas e registros diários, revisões semanais e monitoramento de hábitos.
1. Bullet Journal Minimalista
O máximo que uso de arte no meu bujo é caneta colorida e adesivos (que passei a usar tem pouco tempo). Começo o meu meu mês colocando as big rocks ou focos do mês. Em seguida faço o log mensal mas para registrar alguns acontecimentos importantes. Vou preenchendo conforme o mês vai passando.
2. Monitor de hábitos e de humor
Revi minha rotina há algum tempo e pensei que seria interessante monitorar o sistema de dia por contexto para saber se foi realmente efetivo. Outra atividade que estou buscando monitorar é a leitura. Não porque não leio, mas sim porque leio bastante e quero saber realmente o que estou lendo, para qual área da vida estou dedicando mais tempo no dia a dia. Isso porque minhas leituras são divididas também por contextos: mestrado, cultura e sociedade, ficção e desenvolvimento pessoal. Fiz um mood tracker também para observar meu emocional duramente o isolamento social.
3. Registro diário
Não planejo os dias com antecedência, mas sei exatamente o que preciso fazer durante a semana por causa das minhas listas de próximas ações no Trello e as entregas agendadas no Google Agenda. Então para montar meu dia no bujo, eu coloco ali as tarefas filtradas da lista de próximas ações. Inicio sempre o dia colocando a data, dia da semana, o climatempo, o horário que acordei e o contexto do dia (mestrado, JG Conteúdo, formação pedagógica ou livre). E sigo listando as atividades do dia. Incluo também notas no dia conforme vão acontecendo: se comprei algo, assinei algo, alguma decisão tomada, o que vi, o que li. É um processo de documentar minha experiência, como diz Ryder no livro. No final o meu registro diário é bem simples, mas funcional.
4. Revisão semanal
Serve para avaliar o que fiz durante a semana, o que funcionou, o que não funcionou e os possíveis motivos. Acho interessante esse tipo de revisão porque me prepara melhor para a semana que virá. É uma espécie de revisão reflexiva sobre a minha produtividade durante aquela semana.
Gosto muito desse formato que venho fazendo. Acho que atende perfeitamente a minha rotina e a um objetivo de 2020: que é adotar o minimalismo digital. Eu indico muito a leitura do livro O método Bullet Journal caso você queira realmente entender como ele funciona e se livrar daquela ideia de que seu bujo precisa ser lindo e colorido. Ele só precisa ser funcional para você. Ryder Carroll fala que o bullet journal vai “juntando produtividade, atenção plena e propósito em um sistema flexível, generoso e, acima de tudo, prático”.
“Bullet Journal – como estou usando [maio/2020]” é o episódio #5 do JGCast. Escute em uma das plataformas abaixo:
Pingback: Melhores leituras até agora/2020 + Organização no Notion - Jeniffer Geraldine